Portuguesa trabalha para diminuir problemas financeiros e captar novos fãs
O título da Série B do Campeonato Brasileiro não apaga as dificuldades vividas pela Portuguesa nos últimos anos que refletiram no desempenho dentro de campo. A questão financeira ainda é uma dor de cabeça para o atual presidente do clube do Canindé, Manuel da Lupa, que assegura, pelo menos, ter reduzido a dívida do terrível patamar de R$ 290 milhões para a marca de R$ 80 milhões.
Desde a década passada, a principal preocupação do clube está em processos trabalhistas. "Atuamos no DRT (Delegacia Regional do Trabalho) para renegociar dívidas trabalhistas transitadas e julgadas. Em seis anos, pagamos 310 processos, temos poucos para quitar agora. Nós já depositávamos o valor na Justiça do Trabalho e o dinheiro era endereçado diretamente à pessoa que iria receber", explica Manuel da Lupa.
No comando da agremiação desde 2005, o presidente da Portuguesa reclama que a sua administração foi iniciada com uma realidade desesperadora. "Eu assumi o clube com R$ 2 no caixa", afirma. "A Portuguesa vinha em situação muito difícil depois da gestão entre 2002 e 2004, estava sem um centavo, não tinha valor de camisa, patrocinadores e jogadores", emenda.
Os dirigentes da Portuguesa também reconhecem o problema de não contar com uma torcida tão numerosa como Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. "Nossa situação é difícil neste quesito, um time de colônia com uma torcida pequena que cobra muito", define Manuel da Lupa.
A Portuguesa está ciente de que só poderia ter o crescimento de seus seguidores com uma sequência forte de títulos, como ocorreu, por exemplo, com o São Paulo. O auge do Tricolor foi nos anos 90, quando levantou as primeiras taças da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes. "Eu sou da época em que tinha mais torcida da Portuguesa do que o São Paulo no estádio, mas depois eles ganharam tudo e entraram no patamar dos maiores do país", recorda Manuel da Lupa.
O número reduzido de torcedores causa o transtorno na negociação das cotas em competições. A Portuguesa faz constantes reclamações, sobretudo no Campeonato Paulista, onde recebe o mesmo dinheiro de times do interior.
Já na questão do marketing, a ordem da Portuguesa é se notabilizar como a segunda equipe dos torcedores. "Se você lançar um produto do Palmeiras, o corintiano não vai comprar, há uma grande rejeição. Com a gente, temos a vantagem de ter a simpatia, as pessoas podem comprar os objetos com a nossa marca", comenta Manuel da Lupa.
De qualquer forma, a Portuguesa obteve uma grande vitória na Série B ao retomar a confiança junto ao seu torcedor, que deu fim ao protesto de colocar as faixas no estádio de cabeça para baixo. "A torcida sofria muito, estava desacreditada. Quando cheguei no ano passado, todo jogo era confusão, o pessoal reclamava, não tinha confiança no time. Foi mérito do Jorginho e de toda a comissão técnica. Hoje o torcedor está contente, feliz e veste a camisa do clube nas ruas", exalta o ex-meia Caio, atual gerente de futebol da Lusa.
Kleber diz sim, e Grêmio só espera aval do Cruzeiro para anunciar
O procurador de Kleber, Giuseppe Dioguardi, já deu o aval ao Grêmio de que aceita a proposta financeira que ele e o próprio jogador formataram. Serão cinco anos de contrato, 500 mil reais mensais, 5 milhões de reais de luvas, e Kleber jogará pelo Grêmio a partir de 2012.
O Grêmio aguarda apenas o aval do Cruzeiro para anunciar, na terça ou quarta-feira, que o atacante vestirá a camisa do clube gaúcho. O aval do Cruzeiro será dado. Trata-se de uma formalidade, porque contratualmente o time mineiro, proprietário de 50%, precisa concordar com a transferências dos outros 50% que hoje cabem ao Palmeiras.
Pesou na decisão de Kleber o fato de o Corinthians não ter avançado nas negociações com o Palmeiras. O Corinthians acenava com metade do salário mensal proposto pelo Grêmio. Kleber teria de dizer não ao clube gaúcho para apenas depois ter certeza se teria ou não a possibilidade de negociar com o Corinthians.
Nesta segunda-feira, Kleber disse que 80% do grupo de jogadores do Palmeiras não gosta de Felipão. Disse a verdade. Para consertar isso, a diretoria contratou César Sampaio, para ser um anteparo entre o técnico e o elenco. Quando teve esse anteparo, no Grêmio e no Palmeiras, Felipão era querido pelos seus grupos de jogadores.
A Kleber, faltou dizer que 70% do grupo também não gosta dele, Kleber.